Diagnóstico
O diagnóstico de autismo deve ser feito por um médico por meio da avaliação do quadro clínico. Os primeiros indícios de autismo são apresentados por volta dos dezoito meses. No entanto, o diagnóstico conclusivo ocorre a partir dos trinta meses de vida da criança. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais rápido poderá ser introduzida a ajuda especializada.
Estudos com base na análise de históricos indicam que há uma estimativa de uma criança afetada por alguma forma de autismo a cada 59. Além disso, a síndrome manifesta-se de três a quatro vezes mais em meninos.
No Brasil, dois manuais diagnósticos são utilizados para o diagnóstico. O CID-10 é adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele abrange todas as doenças, incluindo os transtornos mentais, e foi elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O DSM-5 abrange apenas os transtornos mentais e tem sido mais utilizado em pesquisas.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição complexa de desenvolvimento que envolve desafios persistentes de comunicação social, interesses restritos e comportamento repetitivo. Embora o autismo seja considerado um distúrbio vitalício, o grau de dificuldade de funcionamento devido a esses desafios varia entre os indivíduos com autismo.
Os primeiros sinais desse distúrbio podem ser percebidos pelos pais/cuidadores ou pediatras antes que a criança complete um ano de idade. No entanto, a necessidade de serviços e apoios torna-se normalmente mais visível quando a criança atinge os 2 ou 3 anos de idade. Em alguns casos, os problemas relacionados com o autismo podem ser ligeiros e não aparentes até a criança começar a escola, após o que os seus défices podem ser mais aparentes quando entre os seus colegas de sala.
Os déficits de comunicação social podem incluir:
Diminuição do compartilhamento de interesses com outras pessoas.
Dificuldade em apreciar as próprias emoções e as dos outros.
Aversão a manter contato visual.
Falta de proficiência no uso de gestos não-verbais.
Discurso afetado ou roteirizado.
Interpretar ideias abstratas literalmente.
Dificuldade em fazer amigos ou mantê-los.
Interesses restritos e comportamentos repetitivos podem incluir:
Inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com mudanças.
Estar excessivamente focado em assuntos de nicho, com exclusão de outros.
Esperar que outros estejam igualmente interessados nesses assuntos.
Dificuldade em tolerar mudanças na rotina e novas experiências.
Hipersensibilidade sensorial, por exemplo, aversão a ruídos altos.
Movimentos estereotipados, como bater as mãos, balançar, girar.
Organizar as coisas, muitas vezes brinquedos, de uma maneira muito particular.
As preocupações dos pais/cuidadores/professores sobre o comportamento da criança devem levar a uma avaliação especializada por um pediatra do desenvolvimento, psicólogo pediátrico, neurologista infantil e/ou psiquiatra de crianças e adolescentes. Esta avaliação envolve entrevistar os pais/cuidadores, observar e interagir com a criança de forma estruturada e, por vezes, realizar testes adicionais para descartar outras condições. Em alguns casos ambíguos, o diagnóstico de autismo pode ser adiado, mas um diagnóstico precoce pode melhorar muito o funcionamento da criança, proporcionando à família acesso precoce a recursos de apoio na comunidade.
O primeiro passo é buscar uma avaliação. A maioria dos pais começa com o pediatra, que verifica os marcos do desenvolvimento.
(https://www.psychiatry.org/patients-families/autism)
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